segunda-feira, 31 de agosto de 2009



Moral, o que queres tu de mim?
Bem sabes que provei do fruto do inconsciente.


(I.A.M² - 31/08/2009)

sábado, 29 de agosto de 2009




Sem saber muito bem para aonde ir,
Sem saber ao certo o que fazer,
Pergunto-me: engano-me?
Sem saber se é você,
Sem saber ao certo o que dizer,
Ou até como dizer;
Sem querer ver o partir,
Sem querer sentir, e se sentir
Levantar a cabeça e seguir em frente.
Todo esse torpor no instante de um abraço
E o enrubescer devido ao embaraço
São curiosas peças da minha mente.

(I.A.M² - 29/08/2009)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Brincando?



"Se tivesse acreditado na minha brincadeira
de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando;
falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei
da sinceridade da platéia que sorria."
(Charles Chaplin)

(I.A.M² - 26/08/2009)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ben... Mal...? dita insônia!


Jurando que sei o que faço
atrevo-me a colocar palavras
Unicas em um pedaço de papel
no qual tento achar algumas rimas
ou algo mais.
Liberar todas as sensações que, talvez,
o teu nome ou simplesmente o teu cheiro
me fazem sentir.
Lendo e relendo os meus pensamentos
tentando te eternizar em pequenas, reles,
frases soltas.
Imaginando quão tolo e rubro ficaria ao te
mostrar.
Apagando e riscando tantas linhas
sem nem ao menos pensar no que escrevo.
Nada além de você ocupava minha mente,
agora só você e um
Acróstico.

(I.A.M² - 25/08/2009 - final de um dia em branco)

À ventura...


Ah, quanto querer há em meu coração.
Ah, quanto desejo trago dentro de mim.
Será que tenho tanto espaço assim?
Todo esse tempo eu me dizendo não...
É o medo de um beijo.
É o ciúme contido e não desabafado.
É como explicar a todos, mas para que só você entenda:
O admirar quietinho e o gostar calado.
Aquele grito mudo e os olhares que se procuram.
É o anseio do desconhecido e do indubitavelmente prazeroso...
Acabou!
Eu e você frente a frente, será?
É a pergunta que não vou calar.
Toda essa dúvida e demasiado receio;
Que me prendia a uma amizade que já não me basta: Eu quero mais!
Poderei ser livre, e tu poderás?
O vício por ti não tem cura
Só eu e você e tantas juras...

(I.A.M² - 24/06/2009)

Sem PC e com pouco papel.

Eu escrevo para me sentir melhor, para me sentir completo e realizado como pessoa, como o que eu acho que sou, como ser humano. Pois quando escrevo, me liberto, aparentemente, de quase tudo o que me apavora e me consome de maneira impiedosa...
Confesso que às vezes escrevo porque tenho necessidade de 'expor' o que penso, o que sinto, sinto que tenho que passar para o papel tudo o que de mais proveitoso, ou não, vivenciei, enfim, o que quero dizer, mesmo que isso seja lido apenas por mim.
Escrevo não para ser lido ou compreendido e decifrado por alguém... Se bem que em certas ocasiões deixar algum entendimento a cargo do 'destinatário' do texto é um tanto divertido. :D Escrevo apenas por mim e para mim. Mas se de alguma maneira o que eu escrevo interessar e despertar a opinião de alguém, não me incomodo de forma alguma com isso. Apenas escrevo, escrevo e escrevo. Deculpem-me a demora em postar mais algumas letras por aqui. :D

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Um dia em que eu, talvez, cante...


Que eu não cante somente ao ver algumas árvores cobertas de frutos perfumados no verão; mas que eu cante, também, ao vê-las todas nuas, devastadas por prolongadas secas ou por pragas.

Que eu não cante somente quando alegria, paz, beleza e amor encherem meus olhos, coração e vida; mas que eu cante, também, quando eu sentir que um deserto se abriu no meu peito e em todas as vezes que parecer que uma noite se estagnou bem no fundo da minha alma.

Que eu não cante somente quando meus pés caminharem entre flores e eu sentir que vicejo num jardim, ofertando perfume aos meus amigos, meus irmãos; mas que eu cante, também, quando o insucesso, a dor, a ingratidão varrerem do meu caminho todas as flores e o deixar eriçado só de espinhos.

Que eu não cante somente na áurea juventude dos meus anos quando me sinto como uma ave, na doce liberdade de pairar por cima das belezas da existência; mas que eu cante, também, quando se forem as aves e as belezas e eu sentir o inverno, em solidão de ventos frios...

Mais do que nunca, então, farei com que eu sinta, em minha fronte, o sopro cálido de um sereno e imenso amor de mãe e se é mister que eu chore, nesses dias, possam as minhas lagrimas vertidas cair todas sem mágoa, reluzentes, como as ultimas notas de cristal desta longa canção da minha vida...