terça-feira, 6 de outubro de 2009

Deleite de mulher...




Tu, mulher de leite que és bela por natureza,

Vens entorpecendo minhas noites em claro;
Me acompanhando no correr dos ponteiros,
Efervescendo minhas solitárias madrugadas;
E dicotomizando a luz de meus dias.

Tu, mulher de leite, só tu que me entendias -
Mulher de leite, brisa suave, recôndito do meu passado.

Tu, mulher de leite, que és mulher soberana
Ora santa, ora mulher, ora cadela...
Mas tu, mulher de leite, na moldura de minha cama
Nunca mulher se fez tão bela.

Tu, mulher de leite, musa dos pesares,
Mulher no nome, angélica na face,
Figura cálida, de jargão angelical;
Posto que anjos guardam e não dão pesares
Não és anjo que me guarda, és anjo que me tenta.

Tu, mulher de traços divinos
Fizestes do meu destino um acaso bastante pretensioso.

Mulher de leite, mulher deleite, merecias um poema.

(I.A.M² - 06/10/2009)