quarta-feira, 29 de julho de 2009

Carma rouco

Sim, ela me pegou. Nada mais forte e mais verdadeiro como ‘A sutil flecha da beleza’ de Friedrich Nietzsche in ‘Humano, demasiado humano’ onde ele diz:

“A mais nobre espécie de beleza é aquela que não arrebata de vez, que não se vale de assaltos tempestuosos e embriagantes (uma beleza assim desperta facilmente nojo), mas que lentamente se infiltra, que levamos conosco quase sem perceber e deparamos novamente num sonho, e que afinal, após ter longamente ocupado um lugar modesto em nosso coração, se apodera completamente de nós, enchendo-nos os olhos de lágrimas e o coração de ânsias. [...]”.

Quem é que ainda não viu?!

O jeito como eu não consigo mais disfarçar, nem controlar, um suspiro me escapa quando falo o nome dela, olho pra cima e respiro fundo quando tocam o nome dela, aquece-se o meu sangue e molha-se a minha boca quando o assunto é ela. Meu carma já está rouco de tanto gritar aos ouvidos do destino, dedicou-se a escrever e a não mais gritar. Espera-se ansiosamente que o destino saiba ler.

Oh céus, que juízo esse meu, não?!
:)