terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Flagra


Flagrei meus olhos te namorando às escondidas.
Eles estavam dispersos, perdidos...
E encontraram em ti
Um recôndito de carinho e conforto.
Flagrei meus olhos te despindo
Em algum lugar na minha mente.
Era um manifesto inconsciente
Da minha luxúria em corpo presente
Me contando uma outra parte
Da minha minha estória e um corpo alvinitente.
Flagrei meus olhos te comendo.
Alimentavam-se de carícias, gestos e longos flertes.
Não os culpo, meus olhos, por agirem assim
Tão diferente.
Culpo, sim, a ti por estar em mim
Sempre tão presente.


(I.A.M² - 05/01/2010)