Certo dia uma boa alma me perguntou
A quem eu escrevo.
Respondi meio inseguro
Que escrevo a mim mesmo;
Tento gravar nestas linhas
Os dias que eu não esqueço,
As noites em que não durmo,
As horas em que entristeço,
Os minutos em que fico mudo
E os devaneios em que enlouqueço.
Faço de meus bons momentos horas intermináveis de
(re) leituras.
Quando não escrevo me sinto, além de improdutivo,
Árido, seco e pesado.
Pareço-me carregado com algo que
Outros olhos precisam escutar;
Ou serão apenas os meus dedos
Que necessitam dizer?!
(I.A.M² - 25/03/2010)